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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Brahms-Sinfonia nº2 em ré maior op.73

Sinfonia nº 2 em Ré maior, Op. 73, foi composta por Johannes Brahms no verão de 1877, durante uma visita a Pörtschach am Wörthersee, uma cidade na província austríaca da Caríntia.

 Sua composição foi breve em comparação com os 21 anos que Brahms levou para completar sua Primeira Sinfonia.

 O clima alegre e quase pastoral da sinfonia muitas vezes convida a comparações com a Sexta Sinfonia de Beethoven, mas, talvez maliciosamente, Brahms escreveu ao seu editor em 22 de novembro de 1877 que a sinfonia “é tão melancólica que você não será capaz de suportá-la. nunca escrevi nada tão triste, e a partitura deve sair em luto."

 A Sinfonia nº 2 em ré maior, op. 73 de Johannes Brahms é uma das joias do repertório sinfônico do romantismo.


Contexto.

  • Ao contrário da 1ª, dramática e grandiosa, a 2ª Sinfonia nasceu em poucos meses e tem caráter pastoral, luminoso e lírico.

  • Estreou em Viena, em dezembro de 1877, regida por Hans Richter, e foi imediatamente bem recebida.


Estrutura

A obra segue os quatro movimentos clássicos:

  1. Allegro non troppo

    • Forma sonata, com um clima sereno e expansivo, às vezes chamada de “a Pastoral de Brahms” (lembrando Beethoven).

    • Melodias líricas, atmosfera campestre, mas sem perder densidade contrapontística típica de Brahms.

  2. Adagio non troppo

    • Movimento lírico e meditativo, com profundidade emocional.

    • Combina ternura e intensidade, como se fosse uma contemplação interior.

  3. Allegretto grazioso (quasi Andantino)

    • Leve, gracioso, quase dançante.

    • Um scherzo delicado, com caráter de ländler (dança austríaca), contrastando com episódios mais vivos.

  4. Allegro con spirito

    • Um final jubiloso, enérgico e otimista.

    • O movimento cresce em brilho até uma conclusão radiante, contrastando com a gravidade das sinfonias mais sombrias de Brahms.


Características marcantes

  • É considerada a mais luminosa e acessível das quatro sinfonias de Brahms.

  • A orquestração é clara, equilibrada, com uso expressivo dos sopros e trompas que reforçam o tom pastoral.

  • Apesar do caráter leve, há momentos de melancolia e introspecção típicos do compositor.

  • Muitos comentadores a veem como a “resposta” de Brahms à 6ª de Beethoven (Pastoral), mas sempre com sua marca pessoal de densidade harmônica e contrapontística.

Recepção

  • A crítica da época a recebeu com entusiasmo imediato, ao contrário da 1ª, que fora recebida com mais cautela.

  • Hoje é uma das sinfonias mais tocadas e amadas do repertório romântico, pela combinação de beleza melódica, transparência e calor humano.


 A estreia foi realizada em Viena em 30 de dezembro de 1877 pela Filarmônica de Viena

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